Embora nem todos saibam, a arte abstrata não precisa de formas reconhecíveis nem de representações realistas para existir. Na verdade, ela aposta em composições leves, suaves, mas carregadas de emoção e expressão.
Consequentemente, as cores acabam sendo essenciais para a arte abstrata. Assim, elas não somente embelezam a obra, mas comunicam sentimento. Inclusive, as intenções do artista e os estados de espírito são essenciais nesse tipo de arte.
Devido a ausência de figuras concretas, as cores são protagonistas na arte abstrata. Dessa forma, elas guiam o artista e o observador, criando uma leitura diferente e única.
No texto de hoje, vamos dialogar um pouco sobre a importância das cores na arte abstrata – pois elas são essenciais para sua composição. Confira!
A emoção traduzida por meio da cor
Na arte figurativa, as cores representam o real, normalmente. Por outro lado, na arte abstrata, as cores representam um elemento simbólico, visceral e, normalmente, intuitivo.
O vermelho, por exemplo, costuma representar energia, paixão ou conflito. O azul, por sua vez, notícia a serenidade ou a tristeza. A combinação é essencial, pois tudo depende da intensidade da obra e da organização das cores na tela.
Muitos artistas abstratos compreendem as cores como uma forma de linguagem. Wassily Kandinsky, um dos maiores pintores abstratos, afirmava que a cor pode “tocar a alma”.
Para ele, o vermelho vibrava de forma intensa, quase como uma trombeta. O azul, então, ecoava como uma flauta; o amarelo representava um som água. Então, ele acreditava numa sinestesia entre cor e som – afirmando que isso torna a arte abstrata uma provação de múltiplas formas profundas.
Além disso, ele também pontuou sobre a disposição de cores numa obra. Elas, na prática, sugerem movimento, tensão ou harmonia. Por exemplo, um fundo escuro com pinceladas de cores vibrantes costuma gerar impacto e contraste.
No caso das composições suaves, com tons pastéis e bem distribuídos, a situação é diferente. Isso porque elas provocam calma e contemplação. Dessa forma, cada escolha cromática traduz uma intenção do artista.
Sendo assim, quando observarmos uma pintura abstrata, não é necessário buscar sentido na forma. Na verdade, é necessário prestar atenção nas cores. Sendo o fio condutor da experiência, elas criam ritmo e direcionam o olhar do observador.
Cores e liberdade: o coração da arte abstrata
A liberdade da arte abstrata permite que o artista se expresse sem limites. Isso inclui, principalmente, o uso das cores de maneira intuitiva e não convencional.
Eventualmente, muitos artistas misturam tons improváveis, aplicam camadas desafiadoras e criam texturas diferentes. A partir desse movimento, existe uma liberdade total de criação.

No entanto, vale dizer que essa liberdade não exclui o rigor da arte. Pelo contrário, artistas de arte abstrata tendem a estudar profundamente os efeitos das cores e seus desdobramentos.
Isso porque o uso comum das cores pode mudar completamente uma obra. Dessa forma, cada escolha é pensada com cuidado, mesmo que seja espontânea.
No mais, podemos dizer que as cores são a alma da arte abstrata. Elas expressam mais do que pode ser visto, podendo inquietar ou impressionar o artista e o observador.
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